Bafômetro




Bafômetro


Mães se encontram para uma tarde de amizade e filhos.

“Menina, te contei que fui parada na blitz do bafômetro?”

“Não! E aí?”

“E aí que eu estava voltando de um jantar e tinha tomado umas cervejinhas.”

“Jura?! E você foi pega?”

“Vai escutando…eu disse pro guarda que tinha visto um documentário sobre o assunto e que não era obrigada a produzir prova contra mim mesma.”

“E ele?”

“Ele riu e disse que ia ter que me levar. Não sei pra onde, mas ia me levar. Daí ele me perguntou, bem na boa, se eu tinha bebido.”

“E você contou?”

“Ah, contei que tinha bebido uma ou duas cervejinhas e que não ia fazer o teste nem morta. Ele foi bem solidário, sabia? Disse pra eu relaxar e soprar que podia dar bem baixo e isso não era tão grave. Eu pedi um tempo para pensar. Encostei o carro e fiquei ali parada sem saber o que fazer. Rezei pra tudo que é santo. Até que passou um tempo e ele voltou dizendo que não dava mais pra esperar. Ou eu soprava ou ele me levava."

“O que você fez?"

“Resolvi soprar. Lembrei do Pilates e soltei todo o ar que tinha no pulmão. Depois puxei um ar purinho, sem tragar, soprei e deu zero!”

“Zero?! E o guarda acreditou?”

“Ele festejou comigo e saiu contando pra todo o pelotão. Daí um policial lá do outro lado berrou que com a minha massa corporal só podia dar zero. Pode?! Não basta bêbada, também me chamam de gorda!”

A outra quase chora de rir. 

“Você veio de carro?”

“Não. Viemos a pé. Por quê?"

“Então, vamos tomar uma cerveja e você aproveita e me ensina essa técnica de puxar um purinho sem tragar. Vai que me param um dia.”



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